TIPOS DE TUTU
- Jean Coll
- 27 de out. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 9 de dez. de 2024
Atualmente, o que conhecemos pelo nome de tutu só foi chamado assim, pela primeira vez, em 1881. A origem do nome vem das plateias de teatro onde quem adquiria os ingressos mais baratos ficava sentado na parte inferior do teatro. Este local permitia uma visão do espetáculo bastante diferente em relação aos outros lugares da plateia, permitindo uma visão sob as saias das bailarinas enquanto dançavam no palco. Com o bumbum visível, a palavra tutu ganhou espaço como uma gíria de “bumbum de mulher”, em francês.
Marie Taglioni foi a responsável por imortalizar a peça quando usou pela primeira vez em “La Sylphide”, em 1832, no palco do Ópera de Paris. O figurino era composto por um corpete e uma saia que se alongava até perto do tornozelo. Hoje, esse tutu é conhecido como tutu romântico.
Com o passar do tempo, o tutu foi encurtado revelando as pernas e os pés da bailarina para o público. Em 1880, a bailarina italiana Virginia Zucci foi a primeira a usar um, tutu mais curto e menos rígido que acabava perto dos joelhos. Hoje, o propósito do tutu é totalmente estético. Ele serve para dar uma ilusão de que a bailarina flutua em uma nuvem, deixando suas pernas e pés completamente visíveis para a plateia, enaltecendo a técnica.
Com isso, o tutu foi ganhando cada vez mais espaço e releituras para adaptar-se à estética e ao movimento coreográfico.

TUTU PRATO
É uma saia curta e rígida, feita com camadas de pano, que se estendem para fora do quadril, estruturada em um corpete. Além das muitas camadas de tule, há também um arco de arame para manter as camadas planas e firmes.
Esse tutu se popularizou na Era Petipá, onde Virginia Zucchi, bailarina italiana, ao dançar o ballet “A Filha do Faraó”, em 1885, não se adaptou ao cumprimento das saias usadas na coreografia e ela mesma cortou o cumprimento. O uso de saias mais curtas foi adotado pelas bailarinas russas e, a seguir, por bailarinas de todo o mundo.
O tutu prato é um ícone no ballet clássico e o sonho de muita bailarina!

TUTU SINO
Esse tutu caracteriza-se por ter uma forma de sino e não utilizar arames para a sua estrutura. É uma saia montada sobre um corpete. Alguns ballets de repertório com uma visão estética mais moderna, como “A Bela Adormecida” tem utilizado esse tipo de tutu nas suas remontagens atuais.

TUTU BALANCHINE
É um tutu muito semelhante ao tutu sino e tutu prato, porém não utiliza arames e usa menos camadas de panos para a sua confecção. A saia possui uma aparência mais suave e com maior volume. Esse tipo de tutu foi concebido e utilizado pela primeira vez para a versão do ballet sintonia em C, de Georges Bizet, coreografado por George Balanchine.

TUTU ROMÂNTICO
Tem um formato de sino de ¾ de comprimento feito em tule montado sobre um corpete com ou sem mangas. A saia chega na altura do tornozelo. Eugene Lami criou esse tutu para “La Sylphide” (1832). O tutu romântico mostra a leveza e o visual etéreo dos ballets românticos, como Giselle e “Les Sylphides”, dando um clima perfeito para esses ballets.
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